terça-feira, 11 de setembro de 2012

Anjos da Guarda e Eventos Ruins – Sophy Burnham.

“Uma nuvem não sabe por que se move em tal direção e em tal velocidade. Sente um impulso... é para este lugar que devo ir agora. Mas o céu sabe os motivos e desenhos por trás de todas as nuvens, e você também saberá, quando se erguer o suficiente para ver além dos horizontes”. (Richard Bach). [Cf.‘Ilusões’, p. 99. Record].
V. tem um Anjo Guardião!

Anjos da Guarda e Eventos Ruins – Sophy Burnham.
Pergunta: “Se todos têm anjos e anjos da guarda, por que acontecem coisas ruins?”
SB: “Essa pergunta é extremamente importante e é uma das que, eu acho, para qual ninguém tem resposta. Mas acredito em algo que considero, agora, ser bastante aceitável”.

Os anjos aparecem para ajudar de todas as maneiras; eles fazem milagres; podem interferir nas leis físicas do universo; tenho até histórias de carros se chocando e ficar tudo bem. Mas uma coisa que não podem fazer é interferir em nosso livre-arbítrio.
Existe uma história, no A Book of Angels, de uma mulher chamada Sara, na Grécia, que se encontra em uma situação bastante perigosa. Ela reza uma oração: “Senhor Jesus, tenha pena de mim. Senhor Jesus Cristo, tenha pena de mim”.

Está aterrorizada. Sendo cristã, ela reza naturalmente para Jesus. Seria o mesmo se ela fosse muçulmana: rezaria para Alá. Não importa. Mas, nesse caso, ela rezou para Cristo e sentiu duas mãos virem por trás e alçarem-na pelas costelas.
E sentiu todas aquelas manifestações de que anteriormente eu falava sobre se aninhar em braços calorosos, cheios de conforto, amor imenso e segurança. E as mãos a carregaram, atravessaram a estrada e uma ponte, e a deixaram no chão.

Ela caiu e esfolou os joelhos. Levantou-se e saiu correndo para o vilarejo, subiu pesadamente as escadas de sua pensão e irrompeu bruscamente no quarto onde estavam os seus amigos. Todos perguntaram: “Sara, Sara, o que aconteceu?”
E ela: - “Nada, nada, tive um susto lá fora, uma assombração. Não aconteceu absolutamente nada”. E um deles diz: “Não. Você está resplandecendo de luz, você viu Deus?”

Bem, anos depois, ela foi violentada e durante o estupro, repetia: “Agora, meu anjo da guarda vai aparecer e me salvar. Agora, meu anjo vai aparecer e me salvar”. E não veio anjo algum; não apareceu ninguém e ela foi violentada.
Conversamos sobre isso e ela me disse que estava tudo bem, porque ao suportar o que ocorrera, aprendeu outro nível de perdão, aprendeu a perdoar o estuprador.

Eu pensei que, de fato, os anjos podem fazer tudo, mas não podem deter a mão assassina ao enfiar uma faca em seu coração. Não podem interromper a guerra, nem podem alterar o livre-arbítrio de um ser humano de ferir outro...
P. “Existe alguma maneira de perceber ou fazer contato com seus anjos?”
SB: Ouço isso a toda a hora. “Como posso fazer contato com o meu anjo? Como posso ver o meu anjo? Como posso me aproximar de meu anjo?”

O cerne da questão é que não temos de fazer isto. Tudo o que devemos fazer é reconhecer as bênçãos de nossa vida e dizer “obrigado”. Quanto mais agradecemos, mais bênçãos se derramarão sobre nossas vidas e mais abertos ficaremos.
Não cabe a nós procurar ver os anjos. Cabe aos anjos se revelarem a nós. Em última análise, não importa que você veja [ou não] o seu anjo. O que importa é quando você chega ao fim de sua vida, olha para trás e questiona: “Conduzi bem a minha vida? Estendi a taça da compaixão a alguém?”

 

Tenho a história de uma garota que passou pela experiência de quase-morte. Ela tinha doze anos quando ocorreu. Sofreu todas as experiências que pessoas em situação de quase-morte têm – atravessou um túnel de luz, ao final do qual havia seres espirituais ou anjos.
Surge então uma barreira que não pode ultrapassar – um prado, uma cerca, ou um rio – mas pôde se aproximar da margem - e então a sua vida lhe é mostrada – a sua vida inteira passa diante de seus olhos, como se diz, e a razão porque se o diz é que, aparentemente, é o que acontece quando se morre.

Mas sua vida até ali fôra muito curta, apenas doze anos, e ela reparou que lhe estava sendo mostrada em rápidas cenas, como um código Morse com apenas traços e espaços no meio. E então, percebeu que lhe mostravam apenas aqueles momentos que ela amara incondicionalmente. E, assim, ela escolheu voltar porque não havia ainda amado incondicionalmente o suficiente.

Agora, eu acho que é isto que estamos sendo convocados a realizar: vibração cada vez mais elevada, vocações cada vez mais elevadas, vida espiritual cada vez mais elevada. Isso é extremamente doloroso. Como se pode amar a pessoa que lhe insultou? Como se pode amar incondicionalmente a pessoa que feriu os seus sentimentos? E como se livrar de seus ressentimentos?
Bem, Buda passava duas horas diariamente fazendo exercícios de perdão. Ele despendia duas horas por dia se colocando em um estado de perdão e enviando uma onda de perdão para o mundo [como no processo de cura havaiano Ho’oponopono]. Estamos fazendo isso. Pessoas rezam o tempo todo, pessoas perdoam os inimigos o tempo todo, pessoas estendem a mão para ajudar mesmo a estranhos, o tempo todo.
 P. “È interessante que, quando São Tomás de Aquino falou sobre anjos com sendo “seres de luz”, ele descreveu intuitivamente leis físicas cuja veracidade a física quântica parece ter comprovado. Você pode explicar isso?”
SB: Vêem-se coisas em meditação. Meditação é a maneira de ver os seus anjos. Pode ser que você tenha de aprender a meditar, mas quando medita, você vê coisas.

Lucrécio, um poeta e filósofo romano, foi a primeira pessoa a elaborar a teoria atômica – a teoria dos átomos. Ele os viu em meditação e declarou: “Cadeiras e mesas são feitas de átomos com espaço entre eles – [assim como os] seres humanos”.
Agora, quando foi isso? Século I a.C.? Algo assim. Como ele pôde saber? Porque meditou e viu a teoria em meditação, que é quando se vê os anjos. Portanto, os cientistas com toda a exploração já realizada pela física quântica, acabam atingindo o topo da montanha onde está sentado o místico e de onde ele já viu tais coisas.

Mas agora tudo isso pode ser provado. Pode ser demonstrado com a construção de reatores de três bilhões de dólares com cíclotrons de colisão giratória.

P. “Por que alguns tentam negar a experiência de um encontro com um anjo?”
SB: Depois de as pessoas terem tido uma experiência com um anjo – depois de terem tido a sua vida salva por um anjo, depois de terem olhado nos olhos de um anjo – nada é mais como antes. Isto cria um grande conflito.

Após os anjos salvarem a minha vida quando era garota, não quis acreditar. Não estava preparada para ter a minha vida virada de cabeça para baixo. Eu não acreditava em Deus naquela época, e não estava preparada para assumir a responsabilidade que aquilo acarretava. Então, simplesmente tirei o fato da minha cabeça, e disse: “Não aconteceu”.
Anos se passaram e durante esse tempo tive várias outras experiências e, à medida que mais coisas aconteciam, fui forçada a voltar e reexaminar aquela experiência particular, e reconhecê-la pelo que foi – pelo que tive medo de reconhecer como tal.

Não é algo que se deseje ver realmente ver um anjo. Pode ser que você queira, mas não se trata de um momentozinho tolo. É um momento de enorme força e você o carregará pelo resto de sua vida. Talvez não o possa contar a ninguém, mas será uma daquelas experiências críticas de Maslow, que não se dissipam. Você irá olhar para ele e o tocará e o relembrará e será confortado e curado por ele, e saberá que alguma coisa mais irá acontecer.
P. “Devemos alguma coisa aos anjos?”
SB: Sim. Devemos aos amigos agradecimento, louvor e, especialmente, adoração a Deus. Mas eles se satisfazem com palavras gentis, ternura e agradecimentos amorosos. Apenas diga “obrigado” aos anjos o tempo todo.

Eles são muito graciosos. E brincam. E querem que você ria. Você pode lhes oferecer risos e eles ficarão extremamente satisfeitos. Os anjos são graciosos porque se assumem alegremente.
P. “Estamos nos tornando mais compassivos? Estamos aprendendo?”

SB: Penso que essa é a tarefa. E a pergunta é: Podemos ousar amar ao invés de odiar? Parece que estamos conseguindo. Podemos ensinar as nossas crianças que existem anjos prontos a ajudá-las? Podemos ousar ensiná-las que é bom orar quando o desejamos e, quando o fazemos, alcançamos o que precisamos?
Ousamos admitir para nós mesmos, não só na igreja, mas nos fatos de nossas vidas, que vivemos em um mundo muito maior, mais grandioso do que podemos estar cônscios? Aceitamos esse desafio? Não sei se é uma escolha individual.

“Você pode dar as costas, abaixar a cabeça e fugir, mas não conseguirá aguentar. Você tem de ir para onde tudo isso está nos levando. E está nos levando para a Luz, para um plano mais amoroso. Mas ainda temos o livre-arbítrio. Podemos parar a qualquer momento”. (Sophy Burnham). [Cf. ‘Anjos: Os Mensageiros Misteriosos’, p. 100/105. Rex Hauck. Record].
Luz, Amor e Paz! (Campos de Raphael). 

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